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Memória de cristal guarda dados para sempre

Brevemente, dados armazenados em cristais não serão mais exclusividade do Super Homem. Pesquisadores conseguiram gravar dados no interior de um cristal de forma controlada e com elevada densidade. Como a estrutura interna do cristal é modificada de forma estável, eles criaram uma nova forma de gravação de dados que é virtualmente indestrutível – uma “memória eterna”, como eles dizem.

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Jingyu Zhang e seus colegas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, calculam que a memória de cristal poderá guardar os dados com confiabilidade por pelo menos 3 x 1020 anos – 30 quintilhões de anos. Para calcular a durabilidade das informações gravadas, eles fizeram experimentos para simular o envelhecimento da mídia, submetendo-a a várias temperaturas.

Conforme a temperatura sobe, a vida útil da memória de cristal cai. Contudo, a 189° C ela ainda duraria o equivalente à idade que se calcula que o Universo tenha: meros 13 bilhões de anos.

Gravação eterna

Usando a potência de um laser pulsado – que emite pulsos de luz com 280 femtossegundos de duração cada um – os pesquisadores gravaram pequenas “ranhuras” no interior de uma pastilha formada por três camadas de quartzo.

Como, ao usar as três camadas, o laser registra no cristal também a intensidade e a polarização da luz, cada ponto gravado registra três bits de informação de uma vez. Como os pontos gravados são muito pequenos, usando um disco do tamanho de um DVD – o protótipo é menor – é possível alcançar uma densidade de dados na casa dos terabytes.

O único inconveniente é que a gravação é lenta, chegando a 6 kilobits por segundo – o grupo afirma que, aumentando a potência do laser, pode ser possível chegar a 120 megabits por segundo.

Memória eterna

No ano passado, a japonesa Hitachi prometeu um disco também baseado em cristais de quartzo, acenando com uma vida útil de alguns milhões de anos, mas afirmando que ainda seria preciso pelo menos três anos para colocá-lo no mercado.

Um disco de DVD ou Blu-Ray tem uma vida útil estimada em 10 anos. Houve várias tentativas para colocar discos ópticos no mercado para garantir a durabilidade das cópias de segurança por 100 anos, mas sem sucesso. Hoje, apenas as fitas magnéticas acenam com um século de durabilidade.

Fonte: Inovação Tecnológica

Ricardo Galossi
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Ricardo Galossi

É um apaixonado por segurança da informação, atua profissionalmente há mais de 7 anos na área de tecnologia da informação, onde é focado em análise de vulnerabilidades e testes de invasão. Criou o blog Guia do TI para compartilhar conhecimento, ajudar os mais novos, incentivar debates e manter a comunidade atualizada com as principais notícias da área de TI.

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